domingo, 10 de abril de 2011

TEATRO DA PAZ


Em julho de 1869 começa a sua construção,
endo destacada a arquitetura Neoclássica.

Aconteceu em 1878 à inauguração
de um dos maiores símbolos do império da borracha na cidade de Belém

http://www.agencianortedenoticias.com.br/imagens_corpo/ponto.jpgInaugurado como Nossa Senhora da Paz, teve seu nome

reduzido para Teatro da Paz

dois dias depois da inauguração


O Theatro da Paz foi fundado em 15 de fevereiro de 1878, durante o

período áureo do Ciclo da Borracha, quando ocorreu um grande

crescimento econômico na região. Belém viveu um significativo processo

de transformação sócio-econômico nesse período, chegando a ser

chamada de “A Capital da Borracha”. Mas, apesar desse progresso a cidade

ainda não possuía um teatro de grande porte, capaz de receber

espetáculos do gênero lírico. Buscando satisfazer o anseio da sociedade da época,

o governo da província contrata o engenheiro militar José

Tiburcio de Magalhães que dá inicio ao projeto arquitetônico inspirado no

Teatro Scalla de Milão (Itália). Em julho de 1869 começa a sua

construção, sendo destacada a arquitetura Neoclássica. Inaugurado como Nossa

Senhora da Paz, alusão ao final da guerra do Paraguai

, teve seu nome reduzido para Teatro da Paz dois dias depois da inauguração.

Decorado de forma simples foi aos poucos sendo embelezado

com novos elementos de decoração e pintura destacando os italianos Domenico

D’Angelis e Capranezi. Em 1905 passa por uma significativa

reforma chegando a sua forma definitiva.

- HALL DE ENTRADA

O hall de entrada é composto por materiais decorativos importados da Europa: ferro
fundido inglês nos arcos das portas; escadaria em mármore
italiano; lustre francês; bustos em mármore de carrara dos escritores brasileiros José
e Alencar e Gonçalves Dias; estátuas em bronze francês;
piso com pedras portuguesas formando mosaico e coladas com o grude do Gurijuba
(peixe encontrado na região); paredes e teto pintados representando as artes gregas.

- CORREDOR DAS FRIZAS

Em 1905 é fechada a porta principal de acesso ao salão de Espetáculos, já que a
mesma prejudicava a acústica, em seu lugar é colocado um

espelho em cristal francês. Além do espelho foram acrescentadas estátuas em pedra

francesa e nas paredes foram fixadas placas em ferro

esmaltado contendo o regulamento da época informando que “é proibido fumar”.

O piso foi decorado em Parquê, utilizando as madeiras

regionais como acapú e pau amarelo.


- SALÃO DE ESPETÁCULOS

A Sala de Espetáculos que originalmente possuía 1100 lugares, hoje comporta 900.

As cadeiras conservam o estilo da época em madeira

epalhinha adequadas ao clima da região. A balaustrada é toda em ferro inglês

folheado a ouro. A pintura em afresco do teto central

apresentaelementos da mitologia greco-romana fazendo uma alusão ao Deus

Apolo conduzindo a Deusa Afrodite e as musas das artes à

Amazônia.Ncentro do teto foi adaptado o lustre em bronze americano que substituiu

um grande ventilador que ajudava amenizar o calor. Nas

paredes, com motivos florais, as pinturas imitam o papel de parede. O forro dos

camarotes foram pintados obedecendo à hierarquia social da

época; para a 1ª classe eram utilizadas as seguintes localidades: varanda, platéia,

frisas, camarotes e procênios de 1ª ordem; para a 2ª classe:

galerias, camarotes e procênios de 2ª ordem e para 3ª classe paraíso.

Os procênios eram reservados as autoridades como: Prefeito chefe de

polícia e diretores de escola. O Camarote Imperial, atualmente do Governador,

situado na 1ª ordem de camarotes é ornamentado com

mobília em madeira regional. O pano de boca pintado na França no ateliê

Carpezat intitulado “Alegoria à República“ foi inaugurado em

1890 em celebração a República Brasileira.


- SALÃO NOBRE

O Salão Nobre (Foyer), local onde a nobreza costumava se reunir, para bailes,

pequenos recitais e durantes os intervalos dos espetáculos, é

um espaço altamente decorado com espelhos e lustres em cristal francês e

bustos em mármore de carrara de dois grandes compositores da

época: Carlos Gomes e Henrique Gurjão. O mezanino do salão era o local

usado pelos músicos nos eventos sociais e freqüentado pelas

pessoas do paraíso em noite de espetáculos. Quanto à pintura do teto feita em

1960 é do Pernambuco Armando Baloni, que se inspira nas

musas da música ladeadas pela fauna e flora amazônica. As paredes, pintadas

pelos italianos, retratam motivos neoclássicos com buquês de

flores.

- FRONTARIA

No inicio do século XX a frontaria foi o ponto mais significativo da reforma.

Devido haver polêmico na norma do neoclássico italiano: na regra

colunas pares e entradas impares, mas inaugurou ao contrário, com sete colunas

e 6 entradas. Na reforma de 1905 foi recuado o frontão,

retirando uma coluna e uma entrada, para decorar colocaram medalhões de musas,

que representam as artes cênicas: comédia, poesia, música

e tragédia; as laterais a dança. No centro o Brasão do Estado do Pará. As

luminárias da balaustrada uma representam o dia e a outra à noite. te.

Por theatrodapaz.com em 10/04/2011

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